CARTA ABERTA À CÂMARA MUNICIPAL DE ARAPONGAS AO(A) EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) PRESIDENTE DA CAMARA MUNICIPAL DE VEREADORES SUGESTÃO: AMPLA DISCUSSÃO SOBRE PODA OU CORTE DE ÁRVORES EM ARAPONGAS Como cidadão, venho tocar em um assunto que, apesar de ser um problema pessoal, provavelmente é também um problema coletivo, que é a questão de poda e ou corte de árvore na zona urbana de Arapongas. Contextualizando: sobre a copa das árvores sabe-se que a copa é formada a partir do tronco, ramificando em galhos e ramos lenhosos que desempenham função estrutural, sustentando as folhas, flores e frutos (nos casos das frutíferas), portanto, a copa é responsável pela vitalidade da planta. E, neste aspecto, a copa é identificada por “altas” e “baixas”, relativo às ramificações que se concentram no tronco. No caso de árvores de copas altas, as ramificações se estendem a partir do tronco, chegando a porte alto pelas suas características, então, para estar em zona urbana, em local residencial e sem a condição de manutenção de sua estrutura, este tipo de árvore pode gerar inconvenientes aos cidadãos e às empresas de energia elétrica e de telefonia, e até mesmo riscos de danos patrimoniais e humanos. Na minha residência tem um Ipê Rosa, ou seja, uma planta lenhosa de copa alta que já está com um porte considerável e vem causando transtornos e apreensão sobre o risco patrimonial e humano, pois, alguma das empresas que dispõe de fiação que perpassa bem ao centro do Ipê, realizou uma poda drástica em um dos galhos secundários que faz parte da estruturação da mesma, causando a sensação de que há um desequilíbrio desta. Quando há ventania, o galho secundário que ficou, balança bastante e gera apreensão, já que o mesmo está localizado dentro do quintal e próximo ao telhado da minha casa e parte, próximo ao muro da residência vizinha. Com isso, fiz solicitações de corte desta árvore para substituição por outra de menor porte que combine harmonia, função social e ambiental, adaptação às estruturas de fiação, mais os dois pedidos foram negados, bem como foi negada também poda drástica, ou seja, não há muito que fazer, e a apreensão continua. Entendemos que a área técnica da Secretaria analisou o caso balizando-se na legislação, o que não condenamos, porém, o medo é que, um dia, por motivo de chuva, com ventos fortes, esse galho possa quebrar em sua base e danificar a minha residência e a do vizinho, sendo pior ainda se o dano chegar ao interior da casa, no caso o quarto do casal, onde também dorme crianças, podendo causar dano à saúde e à vida dos moradores – dois galhos de porte considerável já caíram dentro do quintal que, por sorte, ninguém estava no local. Como estou membro do COMDEMA e, por formação e pensamento pessoal, sou totalmente a favor do meio ambiente, tenho também a convicção de que podemos aliar preservação e necessidade humana, então, levei este tema para pauta na última reunião do COMDEMA (02/05/23), comentando que enviaria esta minha demanda para a Câmara, não somente por interesse pessoal, mas entendendo que possa ser um interesse coletivo, já que, a Secretaria Municipal recebe mensalmente um número considerável de solicitação de poda ou corte de árvore na zona urbana. Com as informações postas, venho humildemente sugerir a esta Casa a seguinte pauta: liderar ampla discussão sobre poda ou corte de árvores na zona urbana e fundo de vales em Arapongas, visando analisar o arcabouço legislativo atual e reavaliar se o mesmo está em conformidade com os interesses coletivo, individual, social, ambiental, de desenvolvimento urbano e, em conformidade com o plano de arborização do município, aprovado em tempos recentes. A sugestão prevê que a Câmara, através de modelo adequado à importância do tema (Audiência pública, formação de Comissão específica etc.), crie ambiente de discussão com representantes desta casa, órgãos públicos (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMDEMA), órgãos privados (Empreendedores de parcelamento do solo – loteamentos), Técnicos que porventura trabalham ou tenham conhecimentos sobre o assunto ambiental, específico ou geral (Professores, Técnicos de empresas, Universitários da área), instituições relacionadas ao tema (Promotoria de Meio Ambiente), e cidadãos interessados no assunto, na busca pela formação de um pensamento que contemple as necessidades dos cidadãos, aliada às necessidades sócio-ambiental, tendo como principal eixo de discussão a autorização de poda ou corte de árvores, com a devida flexibilidade sem que onere o meio ambiente e o cidadão. Obrigado pela atenção. Gandy Ney de Camargo F:(43)98433-9642
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